Calço as meias de lã, caminho nas pontas dos pés... para ninguém me ouvir, para passar despercebida... preciso de estar sozinha...
Deito-me, cubro-me, abraço-me a mim mesma e fecho os olhos, e percorro todos os caminhos que me permitem chegar até mim... e quando finalmente chego... sento-me, estou cansada... Escondo-me de todos! Encontrei-me de pé, muito pintada... mascarada e... com frio!
Falo-me baixinho, assim o meu coração não ouve... e as respostas soam a uma melodia calma, silenciosa e triste que esconde um segredo... Ainda bem que eu falei baixinho! O tempo passou... Nunca tirei a máscara para não me desvendar... nem a mim mesma!
Levantei-me e fui embora... já estava sentada, de pernas cruzadas a olhar o infinito... o que procurava?
Que tu me encontrasses, me tirasses as meias de lã, me abraçasses e a falar baixinho para o meu coração fizesses com que a pintura borratasse e eu sorrisse... Desvendasses o meu segredo! Assim, deixava de sentir frio...
Deito-me, cubro-me, abraço-me a mim mesma e fecho os olhos, e percorro todos os caminhos que me permitem chegar até mim... e quando finalmente chego... sento-me, estou cansada... Escondo-me de todos! Encontrei-me de pé, muito pintada... mascarada e... com frio!
Falo-me baixinho, assim o meu coração não ouve... e as respostas soam a uma melodia calma, silenciosa e triste que esconde um segredo... Ainda bem que eu falei baixinho! O tempo passou... Nunca tirei a máscara para não me desvendar... nem a mim mesma!
Levantei-me e fui embora... já estava sentada, de pernas cruzadas a olhar o infinito... o que procurava?
Que tu me encontrasses, me tirasses as meias de lã, me abraçasses e a falar baixinho para o meu coração fizesses com que a pintura borratasse e eu sorrisse... Desvendasses o meu segredo! Assim, deixava de sentir frio...
"Somos o medo. Conhecemos tantas histórias. Todos os amantes que olham pela janela e imaginam que se perderam para sempre. Todos os homens que, num quarto de hospital, abraçam os filhos. Todos os afogados que, pela última vez, levantam a cabeça fora de água. Todos os homens que escondem segredos. E tu? Escondes algum segredo? Não precisas de responder. Conhecemos a tua história. Vimos-te mesmo quando não nos vias. Vemos-te agora. Escondes algum segredo? Responde quando te olhares ao espelho. O teu rosto duplicado: o teu rosto e o teu rosto. Quando vires os teus olhos a verem-te, quando não souberes se tu és tu ou se o teu reflexo no espelho és tu, quando não conseguires distinguir-te de ti, olha para o fundo dessa pessoa que és e imagina o que aconteceria se todos soubessem aquilo que só tu sabes sobre ti. Nesse momento, estaremos contigo. Envolver-te-emos e estarás sozinho."
Antídoto, José Luís Peixoto
Antídoto, José Luís Peixoto
5 comentários:
Bom essa da mascara tem direitos de autor... mas eu deixo-te brilhar nao faz mal xD Ahh e já agr nao te adianta calçares as meias e andares em bicos de pé, pk ha smp gente k vai dar conta das coisas, assim alguem a kem nunca conseguiras esconder nada (axu k sbs de kem tou a falar, akeles k tiram a pinta das outras pessoas xD) sim pk ha kem ja tenha reparado no teu sorriso de orelha a orelha e no brilho dos teus olhos estes ultimos dias... vai-se la saber porque... enfim, fico com os meus palpites e aguardo novidades xD
Um beijo "Sócia" xD
Porque não há máscara alguma que consiga disfarçar a beleza desse sorriso, a sua pureza e inocência.. a sua genuinidade =) porque é belo, só porque existe.. porque mesmo que não encontres o que procuras aí ao lado, nunca deixes de conservar o sorriso enquanto o fazes...
sussurra para mim... =)
P.S.: Renato, não me parece que esses teus palpites estejam de todo correctos... Mas pronto... Tu ficas com os palpites e nós com a verdade... eh eh =)
Beijinho enorme ****
Que texto lindo. Deixa-me respirar fundo...
Bejinhos
Bem... Sinto-me lisonjeada por ter um jornalista a dizer-me que o meu texto está "lindo".
Obrigada =)
**
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