Uma vez na vida...

Bem hoje, pela primeira vez na VIDA... sim na vida, deitei-me a horas decentes e consegui dormir até à 13h da tarde!!!

Moral da história: As hormonas (ou a falta delas) proporcionam-nos mesmo vivências únicas e nunca antes experimentadas... =)

E... soube tão bem!! Apesar de ainda estar cansada... =p



Vou almoçar...

Time out...

Fugir. Desaparecer. Tirar um tempo para mim, só mesmo para mim, no meio do nada, para pensar em nada... simplesmente olhar o horizonte, ou o abismo, ou o mar e o céu, ou deitar-me na relva e sentir a Natureza. Vestida de paz, no meio da paz! Sem horas, tempos, desejos, vontades... Sem tristezas, esperanças, lágrimas... Sem risos e sorrisos... Sem pessoas, conselhos, murmúrios... Apenas eu e a Natureza... Eu e o Mundo, mas sem o Mundo! Só porque sim...

"All I need is a time out... time out from everything..."

Tenho dito!

Pensamentos...

Já publiquei este texto anteriormente no meu blog... mas re-lê-lo faz mesmo todo o sentido!

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência. Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida. Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não". É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."Fernando Pessoa

Eu tenho defeitos, vivo normalmente ansiosa, e fico irritada não algumas, mas muitas vezes quando começo a chegar ao meu limite... mas não vou de todo deixar que a minha empresa vá à falência!

E eu sou feliz... eu sei falar de mim mesmo (até demais), não tenho medo do que sinto, da forma como o sinto e da forma como o expresso (desde que saiba diante mão que não prejudico ninguém). Eu ouço muitos "nãos" e não os ignoro, antes reflito sobre eles, e como posso com eles evoluir e ser cada dia que passa uma pessoa melhor... E eu gosto de viver: os desafios tornam-me mais experiente; as incompreensões farão mais tarde ou mais cedo com que as pessoas reconheçam o meu valor; e os períodos de crise, esses, não hao-de durar para sempre...

Mesmo que por vezes me perca enquanto procuro o oásis no recanto da minha alma, e tendo muitas miragens- que me deixam triste e inquieta - enquanto atravesso este deserto, não desisto, eu hei-de conseguir!!

E eu é que vou construir a história da minha vida, porque não há ninguém que me possa fazer mais feliz, não há ninguem que me conheça melhor do que eu mesma! Obrigado Senhor!!

Chego ao final deste dia e olho em frente, ergo a cabeça e penso: eu sou feliz... posso ter contratempos (nem tudo me corre à feição), mas é preciso nascer para sabermos como se respira, é preciso cair para conseguirmos nos levantar, é preciso viver para aprendermos como se vive melhor... e, às vezes, é preciso olhar para o horizonte para nos apercebemos que somos felizes!! =)

Mas que dia... (com a música que havia de estar no outro post...)

Mas que dia...

Porque hoje fico à espera que os próximos dias soprem este dia que se vai... porque hoje realmente, e tirando o almoço com a minha mãe, o dia ficou mesmo "em pedaços pelo chão".
Começando por perceber logo de manhã que ia ter que enfrentar doentes com uma bata que supostamente estava lavada mas, não sabendo muito bem como nem porquê, trazia uma mancha verde a beira do botão, logo de seguida pergunto-me como vou entrar na enfermaria para ver e falar com os doentes (sim, porque pouco mais que isso fazemos, a parte do exame físico é quase fictícia) se não tenho estetoscópio (bem sei que para ver os doentes não preciso dele, mas dizem que fica bonito, e portanto, tenho mesmo de o levar...), finalmente quando resolvo o meu segundo problema (obrigada madrinha=)), já que o primeiro ia mesmo ter que ficar por resolver... pego no telemóvel e... uma mensagem... o que será: "filha, esqueceste-te dos medicamentos!!!" bem... apetecia-me poder berrar, mas como não podia contei até 10 (sim porque agora contar carneirinhos não ajuda muito...diz q assusta e embrulha um bocado o estômago).
Quando finalmente chego à enfermaria, depois da minha mãe (santa mãe) me ter dito que pronto, me levava os medicamentos antes do almoço, e estou perante uma doente em plena auscultação pulmonar o que de melhor me podia acontecer?!?! Caem-me os óculos... e bem, eu sequer conseguia ver para poder saber para onde me tinham caído!!! respirei fundo, e alguém piedoso lá mos pegou (não sei quem, não consegui ver), e lá prossegui... segundo doente: um senhor que demonstrava algum sofrimento e acerca do qual me calhou ter de fazer a inspecção... ao que me esqueço de referir as orelhas e há um querido Adormecedor (isto é plágio, eu sei, mas pronto... hoje estou perdoada e depois pago os direitos de autor) me diz: "Não vê que ele tem orelhas de Dumbo!" Bonito... ele foi-se embora e eu é que tive de ficar lá com os meus caros colegas a fazer a auscultação ao senhor, não sei como é que ele não me mandou dar uma curva... talvez porque tivesse dificuldade em proferir qualquer palavra que fosse, mas isso... é só um pequeno pormenor.
Teóricas onde quase adormeci... aulas práticas onde deu para perceber que ainda tenho muito que lhe dar a farmacologia... e vá, digam que não é bom terminar o dia com epidemiologia!!!

Um dia que termina... em beleza, ou não! (o que é que o dia ainda me reserva?) =/

Até amanhã... espero que seja melhor, e com boas surpresas...

(o que me reserva?!?! Isto não me está a deixar publicar o texto, e a música lá terá de ficar para o próximo post!!!)

Fix me...

...

Equilíbrio...

Tendo aprendido com o meu irmão =), decidi dedicar um post ao meu próprio blog (e a mim talvez =p). E ver no dicionário o significado das palavras: "na corda bamba", "equilíbrio" e "equilibrista"

Na corda bamba - não se decidir; meter-se em trabalhos; estar em risco iminente.

Equilíbrio - estado de um corpo em que as forças sobre ele aplicadas contrabalançam mutuamente os seus efeitos; igualdade; harmonia.
Descobri ainda que há diversos tipos de equilíbrio:
- Estável - Equilíbrio de um corpo que desviado ligeiramente da sua posição, a retoma quando cessar a causa do desvio
- Indiferente - O de um corpo que fica em equilíbrio qualquer que seja a posição em que o coloquem
- Instável - Equilíbrio de um corpo que não volta à posição em que repousava, quando cessa a causa que dela o desviou.
- Químico - Equilíbrio de um sistema em que se estão a dar, simultaneamente e em igual velocidade, duas reacções exactamente opostas.
- Estado de Equilíbrio - Estado em que as propriedades observáveis de um sistema não variam com o tempo

Equilibrista- Pessoa que se mantém em equilíbrio numa posição difícil; ginasta que faz equilíbrios; oportunista; videirinho.


Depois de tantas definições mecânicas, químicas e linguísticas chego à conclusão que o nome do blog é adequado =), mas eu... eu estou em desequilibro (neste momento, quero que as minhas propriedades observáveis mudem ao longo do tempo! Quero encontrar uma harmonia)... e se alguma vez entrar em equilíbrio, esse será concerteza instável. A verdade é que talvez não pretenda ser equilibrista (e se ainda dizem que sou uma oportunista?!?! :)), mas em vez de me manter em equilibrio numa posição difícil, prefiro estar em constantes equilíbrios e desequilibros sempre à procura de um novo e melhor equilíbrio futuro, mudando sempre as minhas propriedades observáveis à procura de mais harmonia... a cena é: haverá alguma definição para isso? Fica a questão...

Sonhar...

"Durmo. Se sonho, ao despertar não sei
Que coisas eu sonhei.
Durmo. Se durmo sem sonhar, desperto
Para um espaço aberto
Que não conheço, pois que despertei
Para o que inda não sei.
Melhor é nem sonhar nem não sonhar
E nunca despertar. "

Fernando Pessoa

Am I Beautiful?...

...

Segredo...

Calço as meias de lã, caminho nas pontas dos pés... para ninguém me ouvir, para passar despercebida... preciso de estar sozinha...
Deito-me, cubro-me, abraço-me a mim mesma e fecho os olhos, e percorro todos os caminhos que me permitem chegar até mim... e quando finalmente chego... sento-me, estou cansada... Escondo-me de todos! Encontrei-me de pé, muito pintada... mascarada e... com frio!
Falo-me baixinho, assim o meu coração não ouve... e as respostas soam a uma melodia calma, silenciosa e triste que esconde um segredo... Ainda bem que eu falei baixinho! O tempo passou... Nunca tirei a máscara para não me desvendar... nem a mim mesma!
Levantei-me e fui embora... já estava sentada, de pernas cruzadas a olhar o infinito... o que procurava?
Que tu me encontrasses, me tirasses as meias de lã, me abraçasses e a falar baixinho para o meu coração fizesses com que a pintura borratasse e eu sorrisse... Desvendasses o meu segredo! Assim, deixava de sentir frio...

"Somos o medo. Conhecemos tantas histórias. Todos os amantes que olham pela janela e imaginam que se perderam para sempre. Todos os homens que, num quarto de hospital, abraçam os filhos. Todos os afogados que, pela última vez, levantam a cabeça fora de água. Todos os homens que escondem segredos. E tu? Escondes algum segredo? Não precisas de responder. Conhecemos a tua história. Vimos-te mesmo quando não nos vias. Vemos-te agora. Escondes algum segredo? Responde quando te olhares ao espelho. O teu rosto duplicado: o teu rosto e o teu rosto. Quando vires os teus olhos a verem-te, quando não souberes se tu és tu ou se o teu reflexo no espelho és tu, quando não conseguires distinguir-te de ti, olha para o fundo dessa pessoa que és e imagina o que aconteceria se todos soubessem aquilo que só tu sabes sobre ti. Nesse momento, estaremos contigo. Envolver-te-emos e estarás sozinho."

Antídoto, José Luís Peixoto