segunda-feira, 23 de maio de 2011

Viagem...

Passei o dia, ainda que soubesse ser impossível, com vontade de viajar para longe da azáfama do dia-a-dia, dos medos, das pessoas, dos problemas, dos sorrisos de sempre... Uma viagem para mim, para descobrir os caminhos que me levavam até ao meu coração... na expectativa de conseguir reencontrar-me ou talvez para passar a conhecer-me realmente!
Ao final do dia estava mais uma vez exausta... deitei-me e acordei num barco... sozinha, sem saber quem me conduzia e para onde me levava. Parecia ser a tão desejada viagem... mas naquele momento tive medo. Medo do desconhecido, daquilo que iria encontrar... e tudo aquilo começou a tornar-se um pesadelo do qual eu queria sair... Senti necessidade das pequenas coisas que ainda eram capazes de me fazer feliz... mas acabei por me habituar ao sossego, à calma das ondas do mar, ao magnifico por-do-sol e depois às estrelas do céu que eram muito mais e muito mais brilhantes do que alguma vez tinha visto... cada uma com a sua história, mas ainda assim sempre brilhantes... habituei-me a um horizonte que parecia ser capaz de me levar onde eu quisesse... bastava realmente querer!
Ainda assim, no meio de tanta paz, apercebi-me que por baixo do pequeno barco que me transportava continuava a agitação, existia ainda a luta seguindo a lei do mais forte, do mais belo, do aparentemente mais necessário... e eu? Apesar diss,o eu permanecia tranquila, esperançosa... até que acordei, e mesmo estando no mesmo Mundo de outrora, sentia-me em paz! Apercebi-me que mesmo não sabendo o nosso percurso e ainda que estejamos perto de um mundo selvagem e impuro, pelo qual nós próprios somos levados, é possível ser-se feliz!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fugir...

Corro sem pensar... corro para fugir dos monstros, para fugir do escuro, para fugir de mim... e de ti! Corro com os olhos arregalados, à procura do nada, tentando encontrar tudo...
Corro, corro, corro até ficar exausta, quieta, pequenina... no escuro e assustada! E o nada torna-se tudo o que me resta, apodera-se do mais ínfimo de mim...
Deito-me à espera que passe o cansaço, para voltar a levantar-me, e desta vez, sem correr quero ser capaz de encontrar o caminho que me faça chegar até ti e ter-te de pé e de braços abertos e com o teu sorriso, permitires que me encontre a mim... e descobrirmos assim o nosso caminho de luz, cor e vida!