"O Dr. Barnwell está cá, também, a falar com uma das enfermeiras, e pergunto-me quem estará tão doente para provocar uma tal visita a estas horas. Ele trabalha de mais, costumo dizer-lhe. Passe mais tempo com a sua família, digo-lhe, eles não vão estar por aqui para sempre. Mas ele não me ouve. Preocu+a-se om os seus doentes, diz, e te, de vir aqui sempre que o chamam. diz que não tem alternartiva, mas isto transforma-o num homem dividido por contradições. Quer ser um médico dedicado em, absoluto aos seus doentes e um homem totalmente devoto ´+a sua família. Não pode ser as duas coisas, porque não há horas que cheguem, mas ainda tem que aprender isto. Pergunto-me enquanto a voz dele se dissolve no fundo, quem irá ele escolher, ou quando, tristemente, será a escolha feita por ele.
(...)
- O que é que está a procurar, Noah? Alli disse ou fez qualquer coisa que o ferisse?
- Não, de facto, ela foi maravilhosa. É só que agora sinto-me... sozinho.
-Sozinho?
- Sim.
-Ninguém está sozinho.
- Eu estou sozinho - digo, enquanto olho para o meu relógio e penso na família dele a dormir numa casa silenciosa, no lugar onde ele devia estar -, e você também.
O diário da nossa paixão.
Nicholas Sparks